quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Transtornos psicológicos pós-parto

 
Olá mamães!
 
Hoje dividirei com vocês a minha experiência e o que aprendi a respeito dos transtornos psicológicos do pós-parto.
 
Depois do nascimento do bebê, ocorrem mudanças bruscas nos níveis hormonais da mulher, além de mudanças no corpo e estilo de vida.
 
Temos que nos adaptar a um novo papel, tornamo-nos responsáveis por uma vida, nos isolamos socialmente e ficamos privadas do sono.
 
Isso tudo faz com que o pós-parto seja o período em que a mulher se encontra mais vulnerável a transtornos psicológicos, os quais foram divididos em três tipos e denominados como: disforia puerperal (também conhecido como blues - tristeza/melancolia - puerperal), depressão e psicose. 
 
A disforia puerperal, pela qual passei na primeira gestação e venho passando nessa segunda, de maneira um pouco mais branda, atinge grande parte das mulheres. É o transtorno mais leve dos três tipos mencionados.
Nós ficamos sensíveis, choramos por qualquer coisa e perdemos o apetite. Esses sintomas aparecem logo após o nascimento do bebê e desaparecem em, no máximo, duas semanas.
 
Na minha primeira gravidez, lembro que experimentei esses sintomas de modo mais intenso, até por ser tudo uma novidade. Fiquei excessivamente preocupada com minha filha, achando que algo aconteceria com ela. Não deixava ninguém pegá-la, com medo que a deixassem cair. Quando tive que sair com ela para dar vacina, chorei o caminho inteiro. Eu estava me adaptando ao fato de ser responsável por uma vida que, rapidamente tornou-se o centro da minha. Chorava com extrema facilidade.
Dessa vez, venho sentindo uma certa melancolia, principalmente no momento da amamentação. Também ficou muito evidente a falta de apetite, simplesmente porque se existe algo que nunca me faltou, isso foi o apetite, hahahha.
 
O blues puerperal desaparece espontâneamente, sem a necessidade de medicamentos ou tratamentos psicológicos. Porém, seu médico até poderá te receitar um remedinho para você se sentir melhor. O apoio da família e amigos também é importante.
 
Já a depressão pós-parto aparece nos meses que seguem o nascimento, podendo surgir até um ano depois deste. Seus sintomas são "humor deprimido, perda de prazer e interesse nas atividades, alteração de peso e/ou apetite, alteração de sono, agitação ou retardo psicomotor, sensação de fadiga, sentimento de inutilidade ou culpa, dificuldade para concentrar-se ou tomar decisões e até pensamentos de morte ou suicídio" (Revista de Psiquiatria Clínica  - Departamento e Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP).
 
A depresssão pós-parto atinge 10% das mulheres, exige diagnóstico rápido e tratamento com anti-depressivos. Isto porque, a relação mãe-bebê pode ficar comprometida quando a mulher está com DPP, prejudicando, inclusive, o desenvolvimento da criança.
As mães que sofrem de depressão tendem a ser menos afetuosas com a criança e a interromper a amamentação.
 
Por fim, o caso mais grave desses transtornos é denominado psicose pós-parto. "Os sintomas iniciais são euforia, humor irritável, logorreia, agitação e insônia. Aparecem, então, delírios, ideias persecutórias, alucinações e comportamento desorganizado, desorientação, confusão mental, perplexidade e despersonalização".
 
Este transtorno atinge 4 entre 1.000 mulheres, estando mais suscetíveis aquelas que sofrem de bipolaridade.
Nesses casos, o tratamento é mesmo a internação hospitalar.
 
Por isso mamães, fiquem alertas e, se identificarem algum desses transtornos, não tenham receio de admití-lo e buscar ajuda.
 
Beijoss
 
Obs: Leitores que queiram entrar em contato com o blog, informo que o e-mail do campo 'publicidade' está com alguns probleminhas. Peço a gentileza de entrarem em contato, por enquanto, através do ca_cotrim@hotmail.com . Obrigada!

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